Passeamos no Trem da Serra Verde Express - de Curitiba à Morretes, no vagão turístico número 10 - cor azul. O passeio nos proporcionou lindas paisagens. A comissária de bordo Sílvia foi relatando a história da ferrovia e mostrando os principais pontos turísticos. Esta ferrovia é considerada um dos marcos da engenharia ferroviária nacional, projetada por André Rebouças (foto abaixo) e construída por Teixeira Soares, depois de firmas estrangeiras recusarem a obra devido à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça Nova. É também uma das poucas linhas que continua ter trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde de 1990, hoje explorado por uma concessionária privada, a Serra Verde. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R. V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado pela ALL, que obteve a concessão da antiga RVPSC.
Bem, no início da viagem recebemos um lanche e após ao entrarmos na Mata Atlântica foram fotos e mais fotos, uma mais linda do que a outra. Para quem quiser passear e conhecer de pertinho esses encantos acessem: http://serraverdeexpress.com.br/serra/tarifas para consultar tarifas e preços promocionais e envie um e-mail para curitiba@serraverdeexpress.com.br, assim você ficará sabendo dos horários disponíveis.
Vejamos um pouco da história da ferrovia:
A construção da ferrovia começou oficialmente em fevereiro de 1880. Considerada impraticável por inúmeros engenheiros europeus na época. A obra teve início em três frentes simultâneas: entre Paranaguá e Morretes (42 km), entre Morretes e Roça Nova (38 km) e entre Roça Nova e Curitiba (30 km).
O objetivo era estreitar a relação entre as cidades do litoral paranaense e a capital do estado, com vistas ao desenvolvimento social do litoral. Além disso, era imprescindível ligar o Porto de Paranaguá aos estados do Sul do Brasil, para que se desse vazão à produção de grãos dos estados e, dessa forma, garantir apoio ao desenvolvimento econômico da região.
Para a obra, foram recrutados mais de 9.000 homens, que ganhavam entre dois e três mil réis por jornada. A maioria deles viviam em Curitiba ou no litoral, e era composta de imigrantes que trabalhavam na lavoura.
O esforço e ousadia de trabalhadores braçais, engenheiros e outros profissionais resultou numa das mais ousadas obras da engenharia mundial. Depois de cinco anos, a ferrovia foi inaugurada em 02 de fevereiro de 1885. Participaram da primeira viagem engenheiros, autoridades federais e locais, jornalistas e outros convidados. A viagem entre Paranaguá e Curitiba durou nove horas: ao chegar à Capital, mais de 5.000 pessoas aguardavam o trem.
Em seus cento e dez quilômetros de extensão, a ferrovia guarda centenas de obras de arte da engenharia: são 13 túneis ativos e 1 desativado, 30 pontes e inúmeros viadutos de grande vão. Destacam-se a Ponte São João, com 55 metros de altura, e o Viaduto do Carvalho, que liga os túneis 4 e 5, assentado sobre cinco pilares de alvenaria na encosta da rocha - a passagem por esse trecho provoca a sensação de uma viagem pelo ar, como se o trem estivesse flutuando. Foi a primeira obra com essas características a ser construída no mundo.
*** Trechos extraídos do site www.serraverdeexpress.com.br
Viajar de trem é encantador! Experimente você também.